o leilão

Como já sabíamos, todas as peças foram doadas pelos artistas ao Espaço T para um serem leiloadas depois da exposição. 19 de setembro 2009 às 15hs na Av. dos Aliados os Homens T foram leiloados. O meu foi vendido no leilão e segundo soube está num belíssimo lugar! que ele cumpra o seu papel.

o homem T na rua

é assim a arte pública...

A inauguração no dia 03 de Julho '09, 0 canteiro central da Av. dos Aliados foi tomada por homens cheios de cores, cada artista trabalhou o "seu Homem T" com toda a liberdade. tudo era possível! Eles encheram a avenida de espanto!

"...a maior parte do nosso corpo, da própria humanidade, ainda dorme um sono profundo." novalis

antes de ir para a Rua a volta ao atelier da Av. dos Aliados

ele e outros

Levei a minha peça de volta ao atelier da Av. dos Aliados para se juntar aos outros, onde foram fotografados para o catálogo.
Um exército de homens T. O trabalho de vários artistas, uma mistura de talentos e boa vontade. Todos os trabalhos foram doados pelos artistas ao Espaço T que depois da exposição fará um Leilão.

o homem pronto

Trabalhei cerca de uma semana. Foi um trabalho intenso que me deu um enorme prazer. Custou-me muito me separar destas peças, pelo seu significado e tambem por esta presença tão forte. Finalizei o trabalho com 2 demãos de verniz para o proteger das intempéries.

o trabalho, o processo

Levei o meu homem T para o meu atelier, a técnica que utilizei era muito minuciosa e precisava de ter o homem deitado para conseguir trabalhar com mais eficácia e numa posição mais confortável, assim poderia trabalhar também nos meus próprios horários. Gosto de trabalhar no meu ambiente, estou habituada a esta solidão do artista.Limpei-o e depois pintei de branco usando um primário para dar protecção uma vez que a peça estará muitos dias exposta na rua

Imprimi, desenhei e redesenhei mapas... linhas pretas que se cruzam em encontros absurdos sobre a superfície branca do homem T. Ruas de várias cidades diferentes que não levam a lugar nenhum, ruas que acabam em auto-estradas, em praças, em rios, em oceanos. Ruas de cidades de sonhos, de promessas feitas do caos das linhas que tracei.

Cobri todo o corpo do homem T com estes traços de um ‘não lugar’

o barco

O barco é feito de chapa de zinco anodizado e varões de ferro. Os detalhes foram tecidos com trapos de algodão e malha, plástico e tule. Tem a dimensão para uma única pessoa numa viagem solitária. A busca ou a perda de si próprio. Deixei estas partes vazadas para torna-lo um objecto absurdo na sua impossibilidade.

o atelier da Av. dos Aliados

Foi assim que tive o primeiro contacto com o Homem T. Varios arrumados numa sala, na Av. dos Aliados, que serveria de atelier aos artistas convidados para o projecto. Foi bonito vê-los assim

juntos. São feitos em fibra de vidro com 1.85 cm desde a base. Não têm face e são assexuados.

São sérios e silenciosos ...