Levei o meu homem T para o meu atelier, a técnica que utilizei era muito minuciosa e precisava de ter o homem deitado para conseguir trabalhar com mais eficácia e numa posição mais confortável, assim poderia trabalhar também nos meus próprios horários. Gosto de trabalhar no meu ambiente, estou habituada a esta solidão do artista.Limpei-o e depois pintei de branco usando um primário para dar protecção uma vez que a peça estará muitos dias exposta na rua
Imprimi, desenhei e redesenhei mapas... linhas pretas que se cruzam em encontros absurdos sobre a superfície branca do homem T. Ruas de várias cidades diferentes que não levam a lugar nenhum, ruas que acabam em auto-estradas, em praças, em rios, em oceanos. Ruas de cidades de sonhos, de promessas feitas do caos das linhas que tracei.
Cobri todo o corpo do homem T com estes traços de um ‘não lugar’